sábado, julho 19, 2014

Esterilização: sim ou não? - Parte III

Como se processa a esterilização?

A cirurgia é sob anestesia geral e é um procedimento simples do qual resulta uma pequena cicatriz.



Dependendo do caso, os animais poderão ir para casa com medicação para controlo da dor e antibiótico, bem como levar colocado um colar isabelino para evitar que haja lambedura da cicatriz da sutura -  com eventual infecção da mesma.

Para os animais é recomendado ainda que façam repouso o mais possível, evitando a subida e descida de degraus ou saltos para que a cicatrização se faça o mais rapidamente possível. A cicatriz deve ser desinfectada várias vezes ao dia.

Normalmente, procede-se ao acompanhamento 2-3 dias pós cirurgia para avaliação do estado geral do animal bem como da sutura. E os animais volta para tirar os pontos 8 a 10 dias após cirurgia e, a partir daqui, ter uma vida normal.

Quando se deve realizar a esterilização?

A qualquer altura é possível realizar a cirurgia. A recomendação é:

- machos: a partir dos 8-9 meses de idade;

- cadelas: após o primeiro cio;

- gatas : a partir dos 5-6 meses de idade.

Animais com mais de 7 anos, deve fazer sempre uma consulta pré-cirurgica para avaliar o coração, avaliar a função renal e hepática e verificar se existem formações quísticas nas maminhas que, se detectadas, poderão ser removidas na cirurgia.

O facto da cadela/gata estarem com o cio não impede que estas sejam esterilizadas, devendo apenas ter-se atenção, no procedimento cirúrgico, ao facto da paciente ter os vasos sanguíneos maiores.

Como se marca uma esterilização?

O ideal é marcar este tipo de intervenção com antecedência de cerca de 24-48h, pois estes animais terão de fazer jejum de pelo menos 12 horas antes da cirurgia.

Normalmente, o animal fica aos nossos cuidados durante o dia para que acorde com acompanhamento médico veterinário, indo para casa no fim do dia com as recomendações necessárias.

A esterilização é cara?

Hoje em dia a esterilização de cães e gatos é um procedimento de rotina e acessível a todos.

Uma cirurgia com marcação e de carácter preventivo tem menor custo, comparada com as cirurgias de urgência que podem ocorrer devido à não esterilização dos animais, como é o caso das infecções uterinas, das cesarianas, sutura e tratamento de feridas decorrentes de feridas por ataques de outros cães e resultantes de tiros ou até mesmo fugas que levam ao atropelamento dos animais.



A médio prazo, as pílulas e as injecções para evitar o cio ficam mais caras do que a cirurgia, para além dos riscos inerentes à suplementação de hormonas que, quando dadas de forma incorrecta, podem originar infecções e tumores e consequentemente a uma intervenção cirúrgica de urgência.


A esterilização é a opção mais vantajosa para a saúde do animal.

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